REPORTAGEM
Amigos do homem e do verde
70% DO LUCRO É PARA CATADORES
          “Reduzir, reutilizar e reciclar”. Esse é o lema da Associação dos Protetores do Meio Ambiente (ASPROMA), que há  11 anos vem oferecendo condições para catadores de Caruaru, em prol do meio ambiente. Sendo uma entidade filantrópica, a associação visa gerar renda aos catadores, preservando os Dona Cleide, há 10 anos no Aspromarecursos naturais.
          Com dois núcleos de coleta seletiva no Salgado e na Vila Padre Inácio, e quatro pontos de coleta espalhados por Caruaru, a ong conta também com 20 colaboradores (catadores), sendo 10 deles em cada núcleo. Do valor da venda do material reciclável, os catadores recebem 70% e a porcentagem restante fica com a Asproma para manter as despesas.
          A busca por mais catadores que queiram se associar à Asproma tem sido um dos maiores desafios que a associação enfrenta. E o que torna isso difícil é a forma de pagamento aos catadores, pois a ong paga quinzenalmente, enquanto os outros pontos de compra de material reciclável - os “atravessadores”, como designam -, pagam na hora. Mas, mesmo pagando quinzenalmente, os valores da Asproma muitas vezes superam os da concorrência em até 200%, segundo Ivan Silva, supervisor da organização.
          Mesmo com todas as dificuldades  enfrentadas, a associação vem aumentando seu número de parceiros ano após ano. Ela conta hoje com cerca de 80 parceiros, como colégios, supermercados, lojas, condomínios e shoppings. Dentre eles, está o Bonanza Supermercados, que é atualmente o maior fornecedor diário de material reciclável. Com essa ajuda, sem a necessidade de procurar pelos materiais em lixões ou nas ruas, os catadores seguem um roteiro, no qual estão agendados os dias de coleta.
          São inclusas também neste roteiro de coleta, pessoas voluntárias que entram em contato com a Asproma para fazer doação de material. “Além de colaborar com os catadores, que tiram seu sustento do próprio lixo, a coleta contribui também para a preservação do meio ambiente, pois evita de entupir os bueiros, poluir rios e até mesmo com a limpeza da cidade”, declara Rosilda Maria, 37, doadora voluntária da Asproma.
          A Asproma surgiu em 1996 idealizada pela irmã Franca Ângela Sessa, devido o acúmulo de lixo a céu aberto que provocou um surto de dengue na comunidade da Vila Padre Inácio. Após dois anos de existência, a Asproma conseguiu se instituir juridicamente, o que colaborou para o crescimento da associação no que diz respeito ao prestígio no meio social.


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